novembro 27, 2004

Mais algumas... nada como leituras!

"No banquete da vida a amizade é o pão, e o amor é o vinho”.(Mantegazza)
Quem não gosta de ser amado? Ser paparicado? Receber atenção especial, presentinhos e beijinhos doces?
Quem não gosta de surpresinhas gostosas, beijo na boca e abraços apertados?
Quem é que de livre e espontânea vontade prefere a solidão a uma boa companhia?
Ora, todo mundo quer uma boa companhia e de preferência para todo o sempre. Mas conviver com essa "boa companhia" diariamente por três, cinco, 10, 15, 25 anos é que é o difícil.
No começo dos relacionamentos e até um ano de vida amorosa, tudo são mais ou menos flores, (se o seurelacionamento tem menos de um ano e já é mais de brigas e discussões, caia fora dessa fria). Não adianta você dizer que depois de três meses apenas "encontrou o amor de sua vida", porque o amor precisa de convivência para ser devidamente testado.
Nesse mundo maluco e agitado, as pessoas estão se encontrando hoje, se amando amanhã e entrando em crise depois de amanhã.
Uma coisa frenética e louca, que tem feito muita gente que se julgava equilibrada perder os parafusos e fazer muita besteira.
Paixão, loucura e obsessão, três dos mais perigosos ingredientes que estão crescendo nos relacionamentos de hoje em dia por causa da velocidade das informações e o medo de ficar sozinho.
As pessoas não estão conseguindo conviver sozinhas com seus conflitos, vícios e qualidades, e partem desesperadamente para encontrar alguém, a tal da alma gêmea, e se entregam muitas vezes aos primeiros pares de olhos que piscam para o seu lado. Vale tudo nessa guerra, chata, carta, agência, festas e até roubar o parceiro de alguém. É uma guerra para não ficar sozinho. Medo, medo de se encarar no espelho e perceber as próprias deficiências, medo de encarar a vida e suas lutas.
Então a pessoa consegue alguém (ou acha que está nascendo um grande amor), fecha os olhos para a realidade e começa a viver um sonho, trancado em si mesmo, nos quartos e no seu egoísmo, a pessoa transfere toda a sua carência para o (a) parceiro (a), transfere a responsabilidade de ser feliz para uma pessoa que na verdade ela mal conhece.
Então, um belo dia, vem o espanto, vem à realidade, o caso melado, o "fala amor" acaba, e você que apostou todas as suas fichas nesse romance fica sem chão, sem eira nem beira, e o pior: muitas vezes fica sem vontade de viver.
Pobre povo desse século da pressa! Precisamos urgentemente voltar o costume "antigo" de "ter tempo", de dar um tempo para o tempo nos mostrar quem são as pessoas. Namorar e conhecer, e reconhecer é época de pesquisas, de reconhecimento.
Se as pessoas não se derem um tempo, não buscarem se conhecerem mais, logo em breve teremos milhares de consultórios lotados de "depressivos" e cemitérios cada vez mais cheios de "suicidas" cansados de si mesmos.
Faça um bem para si mesmo e para os outros, quando iniciar um relacionamento procure dar tempo para tudo: passeie muito de mãos dadas, converse mais sobre gostos e preferências, conheça a família e mostre a sua, descubra os hábitos e costumes.
Parece careta demais? Que nada, isso é a realidade que pode salvar o relacionamento e muitas vidas. Pense nisso e se gostar, passe essa mensagem para frente quem sabe se juntos, não ajudamos alguém carente de amor a encontrar um motivo para ser feliz. Muita pretensão?
Não, só vontade de te ver feliz. Eu acredito em você!
E acredito no amor que faz bem...
Luís Fernando Veríssimo
Serei eu um destes que procuram muito e nunca acham? Teria eu a capacidade de brincar com sentimentos alheios? Capacidade eu sei que tenho, mas teria eu então coragem para fazer isso?
Sim eu sou um apressado na vida, na morte, na vida na morte na vida. Sou ansioso, detesto esperar, gosto de resultados rápidos, que as coisas fluam rapidamente, mas sei que tudo tem seu tempo e seu momento.
Hoje estou só! Preferi a solidão para não magoar ou ser magoado tão rapidamente. Tenho amigos, distantes e próximos. Não estou só, no aspecto de solidão total, mas completamente solitário por não ter com quem dividir meu dia, meus pensamentos, ouvir e falar sobre tudo, ter um cobertor de orelha para os dias frios da vida, um passeio de mãos dadas no campus da UNESP, ser feliz e fazer alguém feliz.
O tempo é meu aliado e inimigo, pois a solidão sempre esteve e estará ao meu lado. O tempo não a faz ir embora, mas consegue afastá-la temporariamente.
Ah o amor é belo, é vivo, saudades do tempo que não quero que volte, pois há também o lado negro (tudo tem esse lado), o ciúme, o controle, a raiva, os desentendimentos...
Não a odeio mais, na verdade nunca consegui isso, seria tão mais fácil desta forma, mas ela já está enterrada, desejo cremá-la de minha vida, mas mesmo os mortos voltam de vez em quando para perturbar os vivos. E não precisei de poderes mediúnicos para isso, bastou checar meus e-mails!
Águas passadas não movem o moínho, já o moveram uma vez, deixaram sua marca, mas não há como moverem ele novamente.