dezembro 04, 2008

Todo Cambia, todo Cambia

O mundo Rpgístico já não faz parte de minha vida, ao menos não a freqüência que desejo. Infelizmente os caminhos da vida me forçam a crescer em direções inesperadas e as amarras do passado são rompidas de forma rude e drástica.
Já não mais estudo, hoje exijo que outros estudem. Já não mais sorrio ao encontrar um grupo de jovens, já me preocupo com o que serão num futuro próximo. Talvez hoje eu entenda melhor meus pais, com suas preocupações e regras que me eram impostas.
O Eric que era o dono deste local já praticamente não existe mais. Sua lembrança ainda existe, mas já não é tão forte ou mesmo viva em minha memória.
O tempo passou, as histórias foram perdendo seus detalhes, porém o sentimento de estar ao redor de uma mesa interpretando um OnFF durante o jogo, isso jamais será esquecido. A sensação única de pertencer, nem que fosse por um mero dia, a um grupo, onde todos desejam a mesma coisa, se divertir de forma salutar. Essa sensação, esse sentimento ainda almeja voltar, deseja constantemente voltar ao mundo dos vivos.
Entretanto, vários são os compromissos que detenho na atualidade, poucos são possíveis se serem adiados ou mesmo deslocados no tempo/espaço. O mundo já não mais depende totalmente de mim ou das regras fantásticas.
Sinto falta dos devaneios glamurosos, das intrigas sanguinolentas, das batalhas furiosas ou mesmo do caminhar num mundo semelhante, mas muito diferente.
O Eric, assim como quase todos, já estão morrendo em meu interior, seus sepulcros já bem lapidados pelo tempo e pelas horas de desejo. O último adeus é dificílimo, mas talvez a hora já esteja bem próxima ou quem sabe, tudo pode mudar novamente e numa volta triunfante eles ressurgirem da imensidão obscura de meu íntimo, para voltarem a brilhar incansavelmente.
As horas de brincadeiras, de diálogos realmente fantasiosos, de expor todas as entranhas aos amigos e confiar naqueles que nos cercam. Das deliciosas bebidas que ingeríamos em momentos oportunos, das cenas dramáticas vivenciadas em um mundo inexistente ou mesmo da constante luta contra um inimigo sutil, o sono.
Naquele tempo a vida se encaixava, mesmo que fossea cada trimestre, mas havia a certeza de que o mundo voltaria à tona, e os problemas seriam esquecidos por uma única noite. Ou seriam trabalhados utilizando outros ângulos, com outras posturas e possibilidades imaginárias de novos fins.
Esse é o pedido de uma criança que não deseja morrer soterrada pelo mundo adulto, de um jovem que não se decide se quer ou não crescer.
Volte à luz aqueles que sofrigamente foram esquecidos, que volte a soar os sons dos dados na mesa de vidro e que o cheiro de pizza (sim, o prato principal) volte a enedibriar os sentidos já aguçados com um bom copo de tequila.


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